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quinta-feira, julho 27, 2006

Cidade do sexoooooooo!


Em maio falei aqui de um parque do sexo que estará em funcionamento a partir de setembro na cidade de Londres, não é que um arquiteto carioca teve a mesmo idéia e pensa em criar futuramente uma "cidade do sexo" no Rio de Janeiro. O já polêmico projeto foi apresentado na UFRJ como trabalho de graduação; a instalação seria entre as avenidas Atlântica e Princesa Isabel e seria ocupado por clínicas de atendimento sexual, áreas para prática de swing, kama sutra e um museu do sexo. A idéia defendida por arquitetos e designers e esculachada por associações de moradores e até pela presidente da ONG Davida (que agrega as prostitutas cariocas), Gabriela Leite, que diz que a obra é "muito feia" e que seria uma "tentativa de domesticar o sexo, coisa ultrapassada". Concordo com ela numa coisa, ao menos, a obra é horrível, parece um bando de minhocas se enroscando (Isso é sensual pra alguém? - Só, você e mais alguns extravagantes. hehe), se o cara queria representar o sexo e a banca da UFRJ deu 10, acho que tá todo mundo precisando praticar um pouco mais; de sexo, claro!

Lei e Justiça

Por Carlos José Marques, Diretor Editorial
(do editorial da Isto é/1918 de 26.07.06)

Cresce por esses dias no País o tamanho do fosso entre o que é legal e o que é justo. É justo o criminoso que atende pelo codinome “Champinha” barbarizar e matar um casal de jovens e depois de três anos detido ser liberado? Justo não é, mas é legal, dado que, à época do crime, “Champinha” tinha 16 anos, era, portanto, menor e após o período de passagem na Febem poderá ser solto nos próximos meses. Está na letra da lei e essa deve ser cumprida. Mas cabe a indagação: estaria a lei atendendo ao objetivo maior de fazer justiça? A resposta a essa dúvida pode ser buscada no entendimento do que a sociedade aponta como imoral. Se é imoral, não é justo. Pode até ser legal, mas quebrou valores coletivos de justiça. Na população brasileira vem sendo despertado nos últimos tempos o mais legítimo sentimento contra a impunidade latente. Casos como o de “Champinha” ou, para ficar nos exemplos notórios, do réu confesso Pimenta Neves, que executou a namorada, foi condenado e saiu solto do tribunal, constituem afrontas à moral coletiva. Se a moral é ferida, cabe uma mudança de regras para restabelecê-la, dado que é ela o pilar a reger o comportamento de toda uma sociedade. O Judiciário, naturalmente, tem como papel executar a lei. Ele não a cria, apenas cumpre. Restaria ao Legislativo, que anda com a moral baixa e em baixa, rever essas mesmas leis, respondendo ao clamor geral da Nação. Afinal, se as penas estão aquém do sentimento de justiça, está mais do que na hora de revê-las.
Creio que não precisaria falar mais nada, mas vou acrescentar só uma pequena coisa. Para que tudo isso ocorra e não fique apenas na mídia ou no discurso repetitivo e óbvio dos senhores candidatos (que irão explorar e muito o assunto segurança nessa campanha) é necessário que todos nós passemos a nos importar REALMENTE com o futuro de nosso País e de nossa sociedade, é preciso que cobremos a discussão séria e responsável de uma política de segurança adequada ao que ocorre hoje (e que é fruto de anos e anos relegando a questão a segundos planos), de mudanças significativas na legislação penal e processual penal, que dêem agilidade na finalização de processos, diminua direitos dos presos (e aqui irão reclamar inúmeros grupos de "direitos humanos"), extingua recursos que visam somente protelar a aplicação da justiça, deêm mais condições aos organismos policiais para efetuarem seu trabalho (salários dignos, equipamentos, instalações adequadas e punições duras para os que se envolverem em corrupção e outros crimes), repensar a "menoridade" penal (que ela seja relativa e não absoluta como é hoje), etc. Portanto, está em nossas mãos realizar essa cobrança dos nossos REPRESENTANTES e lembrar a eles que não lhes devemos nada, que o mesmo voto que o elege, pode lhe fazer falta na eleição seguinte e que sua função não é agradar a determinados grupos, mas defender o interesse daqueles que o elegeram.

domingo, julho 23, 2006

O reflexo do Homem

Por Kiko Moreira
O Homem acordou com uma sensação de vazio no peito, olhou em volta e tudo parecia estar em seu devido lugar, a janela aberta, deixava entrar um vento frio e confortante; não fosse o seu costume de sempre levantar-se às cinco da manhã, com certeza ficaria até bem mais tarde em seu leito; já não tinha a necessidade de acordar tão cedo, estava agora aposentado e nada tinha de urgente para fazer, a não ser cultivar o velho hábito e sair da cama o mais rápido possível. Levantou-se com uma falta de disposição que não lhe era comum, algo havia de errado e agora tinha certeza disso. Espreguiçou-se indolente e procurou os chinelos embaixo da cama, foi até a janela e respirou fundo o ar fresco daquela manhã. Depois de olhar em volta foi até o banheiro e, ainda sonolento, abriu o armário pegando seu barbeador favorito. Lembrou-se de Juliana, ela o havia dado a ele – Era uma pena que não houvesse progredido o relacionamento dos dois; ela era muito livre, muito espontânea e cheia de sonhos – o Homem era cheio de métodos, disciplinado e prisioneiro do trabalho - Resolveu não pensar mais no assunto e pôs-se a encher o rosto de creme para iniciar o ritual matutino de barbear-se. Tomou um susto, não acreditando no que seus olhos viam, ou melhor, no que eles não viam...

Seu reflexo simplesmente havia desaparecido; não restava o menor traço de seu corpo no espelho, seu nariz comprido, os olhos puxados e de cor indefinida, seus cabelos grisalhos ou a barba ainda por fazer; tudo sumido. Recostou-se na parede suando frio, esfregou os olhos e percebeu que não estava sonhando. "Virei um vampiro"; foi a primeira bobagem que pensou, para depois dizer aborrecido - Vampiros não acordam de dia - Lembrava-se bem de ter visto seu reflexo ontem ao voltar da caminhada, forçou a memória tentando lembrar exatamente o local e não conseguiu. Ele saíra para caminhar um pouco, relaxar e esticar os ossos, afinal ele merecia isso após tantos anos dedicados exclusivamente ao trabalho, ganhando pouco pelo tanto que fazia, mas o fazia com amor e cheio de alegria, afinal era a única coisa que o deixava feliz depois que Juliana foi embora. Sentia-se doente só de pensar em chegar atrasado e olhe que somente uma vez, por causa de uma greve de ônibus, bateu o ponto depois do horário; lembrava-se bem do dia, a repartição ficara vazia, mesmo o chefe só apareceu depois do meio-dia; depois disso o Homem comprara uma bicicleta, assim era só acordar uma hora mais cedo e ir pedalando até o trabalho quando houvesse outra greve dos motoristas. Ele não merecia aquilo que estava acontecendo, tinha certeza, não estava louco ou sonhando e decidiu fazer o que lhe parecia mais lógico: fazer o percurso inverso da caminhada do dia anterior para tentar descobrir onde vira seu reflexo pela última vez. Passava pelas ruas, envergonhado – O que diriam as pessoas se notassem o seu estado – Somente quando saiu do prédio, notou que sua sombra também o abandonara, tinha lógica, a sombra nada mais é do que um reflexo em negativo proporcionado pela interposição de um corpo opaco diante da luz. Andou por todo caminho atento a todo movimento indicativo de que seu "outro eu" estivesse por perto, passou pela praça onde nos dias de folga ia levar migalhas de pão para os pombos, seus únicos amigos nessa vida quase reclusa em que vivia. Nunca havia casado! Depois do fiasco com Juliana, não conseguiu aproximar-se mais de outra mulher. Vagou pelas ruas o dia inteiro e só à tarde quando, desanimado e sem esperanças, voltava para casa notou a intensa vitrine a sua frente e lembrara-se de ter sua atenção desviada para lá na noite anterior – Ali! Foi onde vi meu reflexo ontem – espantou-se o Homem. Sim ele ficara impressionado com os produtos em exposição e com a promessa de coisas ainda mais interessantes no interior da loja e se detivera alguns minutos buscando elucidar os mistérios de tão exótica casa comercial e enquanto perscrutava o interior da loja, deparou-se com o próprio rosto em um espelho colocado logo após a vitrine. Lembrou de ver um sorriso de canto, desconhecido, quase cafajeste que nada lembrava o seu sorriso formal; depois disso estava em casa preparando-se para dormir... Resolveu entrar e tentar elucidar de vez aquele mistério.

O Homem entrou na Sex-Shop com um pouco de desconfiança, era a primeira vez que ia a um local como aquele, não sabia ao certo como se comportar ou mesmo o que pedir, mas estava achando tudo aquilo muito excitante e divertido. Uma linda morena veio atendê-lo, possuía uma voz manhosa com jeito de gata no cio; vestia um lindo vestido branco com uma transparência que deixava entrever seus seios pequenos e pontudos, uma pequena tatuagem de uma flor de lis sobressaía de seu decote rasgado, uma deusa que todo homem gostaria de ter por uma noite ao menos. Perguntou se podia ajudá-lo e com um sorriso mostrou-lhe as estantes onde se empilhavam ordenadamente os mais variados objetos, capazes de arrancar do âmago de uma pessoa as suas mais veladas fantasias e fazê-las explodir num delírio de puro êxtase. Num repente de ousadia o Homem pediu para ver a relação de moças da casa, que estava exposta em uma das prateleiras; a morena com um olhar sapeca e cheio de malícia, trouxe-lhe a lista, uma seleção das mais belas representantes da espécie. Já não lembrava mais como aquela louca aventura havia começado, queria apenas descobrir que prazeres o esperavam atrás da cortina cor de rosa que dava acesso ao reservado da loja; Pediu a companhia de uma loira de nariz arrebitado, de coxas grossas e dentes perfeitos e de uma nissei de pele alva e cabelos negros como uma noite sem lua.

O quarto era bem decorado, num estilo que lembrava muito os cômodos de uma casa de fazenda, uma colcha de retalhos bem harmonizados decorava a enorme cama de madeira nobre, no ar havia um perfume de coisa selvagem e livre, uma força da natureza. O Homem, investido de um vigor até então desconhecido e ao mesmo tempo tão familiar notou o olhar de disfarçada decepção das meninas, não tinha importância, ao final daquela hora a insatisfação iria transformar-se em louco desejo; o mais antigo ritual do mundo iria mais uma vez tornar-se sagrado e profano, religião e heresia.

Puxou para si a loira, que nunca havia experimentado um beijo tão ardente, uma onda de calor subiu por entre suas pernas quando o Homem tocou delicadamente seus seios por cima da blusa, puxando a alça para os lados e fazendo-os aparecerem rosados e rijos como os de uma menina em plena puberdade; a nissei sentido uma explosão de prazer invadir o quarto, abraçou o Homem em busca de seus lábios, seus pêlos eriçados a tornavam ainda mais selvagem e pueril. A loira foi conquistada num vai e vem malicioso e quente, seus gritos foram ouvidos muito ao longe, a nissei jorrou seu prazer só com os dedos do Homem; seus lábios subiam por entre as coxas das duas mulheres e parecia queimar em brasa cada pequeno pedaço de pele, arrancando urros e suspiros de volúpia imensurável; o Homem não sabia que possuía tanta energia aprisionada e sentiu-se triste por tudo o que já perdera, lembrou-se de Juliana; mas ao mesmo tempo sabia que ainda era possível viver e viver intensamente. Foram horas desse amor louco e insaciável, as meninas pediam mais prazer e Ele lhes dava tudo o que queriam, era como se a deusa do amor houvesse transformado aquele quarto em um templo e espalhasse seu cheiro de fêmea desde a criação; o Homem estava feliz, seu ciclo havia se iniciado e a sua semente ficaria plantada, tudo agora fazia sentido para Ele, era o momento da mudança definitiva, Ele havia vivido para aquele momento. Beijou cada uma das meninas nos lábios e despediu-se delas e Ele soube o quanto era amado, pois só o deixaram sair após prometer voltar logo, sorriu um riso bondoso e honesto e saiu do quarto; a recepcionista o desejou no olhar e perguntou quando seria a vez dela – Breve – respondeu e ajeitando os cabelos no espelho, sorriu novamente o seu sorriso cafajeste: o seu reflexo voltara e Ele sabia, não iria mais abandoná-lo. Piscou os olhos para a morena e saiu assoviando uma canção....

sábado, julho 22, 2006

Arte com latinhas

Já imaginou se os nossos mercados aderem a esse tipo de decoração em suas lojas? Podemos esperar ofertas como as abaixo:

Atum em promoção - feito do mais puro atum e de sereias loiras de Beverly Hills
Daqui sai um decorador chiquééééérrimooooo
Abra a latinha e ganhe um astronauta de brinde
Lagostas frequinhas...
MMs gigantes paravocê dividir com os amigos
Bem, cobras enlatadas tem sabor de peixe...
Lá no sertão bem que rola uma carne de sol de jegue...
Não! não estamos enlatando o Snoopy...é o chato do Woodstock mesmo.

Lugares fantásticos: China/Tibet

Linha férrea que liga Beijing à capital do Tibete, Lhasa, através das montanhas do Himalaya

A linha recém inaugurada gerou inúmeros protesto de estudantes e ativistas pela liberdade do Tibet, que temem que o governo Chinês use os trens para impor uma presença maçica de militares e colonizadores chineses na região, garantindo assim a sua hegemonia e provocando o exôdo dos tibetanos ou a destruição de sua cultura; além de retirar os recursos naturais da região.
Vale lembrar que o Tibete foi conquistado e anexado pela China em 1950 e que o Dalai Lama, lider espiritual dos tibetanos, encontra-se exilado desde 1959 na India, e que inúmeras denuncias de tratamento desumano contra os nativos. A China hoje tenta difundir o ateísmo na região como parte do regime comunista, já tendo tentando artifícios como divulgar que a reencarnação do Pachen Lama (o segundo líder na hierarquia budista tibetana) era filho de um membro do partido vermelho. Hoje o Dalai Lama é reconhecido como uma das mais importantes figuras na luta pela Paz (ganho o Nobel em 1989) e tenta a liberdade para seu país, sendo considerado por várias nações com honras de chefe de estado.
VOCÊ PODE SE ENGANJAR NA LUTA E PROTESTAR CONTRA A OCUPAÇÃO CHINESA NO TIBETE E CONTRA A LINHA FÉRREA CLICANDO AQUI E ENVIANDO UM PROTESTO PARAO GOVERNO CHINES, É FÁCIL E SÓ REQUER QUE VOCÊ PREENCHA UM SIMPLES FORMULÁRIO. VAMOS LÁ.



terça-feira, julho 18, 2006

Miracleman ou Marvelman...


Pra quem não sabe, Marvelman ou Miracleman foi um personagem criado no ano de 1954 na esteira das "imitações" do Superman; na verdade é cria direta do processo de plágio que a National Periodicals (atual DC comics) moveu contra a Fawcett e seu personagem Capitão Marvel (embora não haja muito de plágio entre os dois personagens além dos poderes equivalentes); com a proibição de publicação deste último, os ingleses da terra da Rainha (e iam ser de onde mais...heheh) resolveram dar um jeitinho de continuar publicando o personagem ou algo bem similar e recauchutaram o Cap Marvel, que numa jogada de criativa dos editores "aposenta-se" e passa a bola para um novo herói: Marvelman, nadamais que o mesmo Marvel, agora com uma nova palavra mágica, kimota no lugar de Shazam e a história continuou até 1963....

em 1981, o inglês Alan Moore retomou o personagem na páginas da revista Warrior comics e genialmente (coisas do cara) modifica e atualiza a origem do personagem, sem jogar fora nenhuma das aventuras anteriores, que passam a ser falsos implantes de memória, fantasias baseadas em histórias em quadrinhos para confundir o herói (num excelente exércicio de metalinguagem) que, claro, acaba descobrindo toda a trama e gerando uma das mais cultuadas séries dos quadrinhos...
Aqui no Brasil, nada ou quase nada dessa fase do herói foi publicado (A RGE publicava as velhas aventuras,tendo mudado o nome do herói para Jack Marvel), mas alguns grupos de scans conseguiram traduzir e publicar inteiramente a série, se vc quer conhecer esse magnifico personagem clique na figura acima e baixe as edições que foram retiradas do antigo site do Miracleman Brasil (que me parece estar fora do ar há alguns anos). A senha do HD é kikosofia. Não perca tempo e aproveite para depois deixar aqui os seus comentários.

segunda-feira, julho 17, 2006

Super!


Muita coragem! Creio que essa é a frase certa para descrever o que fizeram com o filme do Superman. Fui no sábado,ansioso para ver o filme, peguei uma bruta fila no iguatemi e há dois metros de compra meu ingresso um casal que não se decidia conseguiu que a sessão do horário fosse perdida por mim em razão da lotação ter se esgotado, tive que esperar mais uma hora e meia e ainda ver o filme dublado (mas até que acertaram nas vozes dessa vez); estava preocupado, afinal, Lois estava casada, com um filho e o Super estava sem dar as caras por cinco anos... De repente...Clark está de volta, tentando retomar sua vida após um longo exílio.

Vi inúmeras homenagens no filme: Ao primeiro filme, a chuva de meteoros em Smallville (a série da TV), a Marlon Brandon (que aparece em tomadas emprestadas de Superman, the movie); a Christopher Reeve (Brandon Routh é muito semelhante ao cara e eu não tinha me dado conta disso até ver o filme), à capa de estréia do Super em Action Comics #1, à 1ª aparição do Super na reformulação feita por Byrne após Crise nas Infinitas Terras, à morte do Superman...


A transição entre o Lex Luthor dos filmes anteriores e esse é perfeita, nem tão cômico quanto antes, mas nem por isso sem humor, que agora é mais refinado e psicótico, Lois está menos atrapalhada que na versão da Margot Kidder mas igualmente hiperativa e insensível em relação a Clark, que continua o mesmo trapalhão, mais maduro, mas igualmente trapalhão. Mas chega de conversa.Não perca tempo lendo-me, vá ver o filme, leve a pipoca e prepare-se para acreditar novamente que o homem pode voar...

quinta-feira, julho 13, 2006

É amanhã...Superman

Vocês eu não sei, mas que eu estou ansioso para ver o azulão voar de novo, estou. Espero que dessa vez, diferente de X-Men 3 eu consiga ver o filme... lhes conto depois. Para o alto e avante!

Você sabia?

  • Para o diretor Bryan Singer, Jude Law era o único ator que poderia interpretar o General Zod. Como Law desistiu, Singer retirou o personagem do roteiro.
  • Foram plantados 15 hectares de milho para a fazenda dos Kent, que demoraram cerca de 20 semanas para crescerem e estarem prontos para as filmagens.
  • O ator Jack Larson, que interpreta o atendente de bar, fez o personagem Jimmy Olsen, no seriado As Aventuras do Superman, de 1952.

  • Para o figurino do Superman, foram feitas 80 roupas, 100 capas, 30 botas e 90 cintos.
  • Quer mais? clica AQUI.

quarta-feira, julho 12, 2006

PCC

Os ataques efetuados pelo PCC em maio acabaram graças a um suposto acordo, que é quase certo ocorreu mesmo, entre o governo do estado de Sampa e líderes da facção criminosa; quais os termos exatos desse acordo certamente nunca saberemos, se havia intenção de honrá-los muito menos; o certo é que de um momento para outro a atenção desviou-se do PCC e passou a ser concentrada "nos abusos cometidos pela Polícia em retaliação e vingança efetuadas contra a população inocente", afinal policial é tudo irracional, já diziam alguns sábios "não estudou vai ser 'pulíça'", aliás nem gente é, outros sábios já diziam também "preto, pobre e polícia é tudo a mesma "M&#%@".
Pois é, o PCC tá de volta aos noticiários efetuando ataques frontais e coordenados, mas o governador do estado diz que eles não tem mais o controle nos presídios e que serão transferidos os líderes para uma instituição federal onde ficarão isolados, embora eu não acredite muito nisso não afinal já estão politizando a questão tentando definir se transferir os presos será prejudicial para a campanha presidencial de fulano ou beltrano; recusam ajuda federal, pois claro, isso seria usado na campanha (basta ver o tom do presidente ao oferecer ajuda). e nós é que teremos de pagar o pato para reconstruir presídios e alimentar o poder desse bando criminoso que está dando exemplo e sendo semente para que outros grupos façam o mesmo se providencias sérias e desprovidas de vaidades políticas não forem tomadas com urgência, respeito pelas leis, sobriedade, mas sim, com endurecimento e restrições de direitos, pois se assim não for, continuaremos reféns dessa marginália.
Direitos humanos, você ouviu falar que o PCC respeitou os direitos humanos de alguem? Eu não. Então que se restrinjam os direitos deles também, chega de visitas intimas, chega de TVs para ver a copa, chega de crianças em presídios, chega de celulares, chega de atividades sociais nos presídios, que eles fiquem isolados durante toda a pena, chega de benefícios como "se o condenado pegar mais de 20 anos tem direito a um novo julgamento", chega de progressão de pena para crimes de homicídios, trafico de drogas, sequestro e outros.
Chega de dizer que "eles são vítimas do sistema", se fosse assim seríamos 180 milhões de bandidos e não somos, pois todos somos vítimas do mesmo sistema e não saímos matando ou traficando por isso. Direitos humanos sim, mas para as vítimas, para os agressores leis duras e nada mais. Que eles sintam o mesmo terror de suas vítimas. Eternamente.
De quem é a culpa? É sua, é minha, que votamos em quem votamos e depois não exigimos que "eles" representem os nossos anseios e ficamos por aqui a ver o estado ser dominado por bandidos armados... e políticos descarados.

terça-feira, julho 11, 2006

Lugares fantásticos - Bolívia

Rodovia entre La Paz e Los Hngas na Bolívia.

Nada menos que 110 mortos nos últimos 04 meses...



E você pensava que só ocorria aqui...

sexta-feira, julho 07, 2006

igreja de ossos

As fotos aqui, por incrível que pareçam, são de uma igreja; localizada na pequena cidade de Kutna, na República Checa. Sua história começou em 1278, quando o Abade da igreja , voltando de Jerusalem , trouxe com ele terra do Gólgota (o local onde Jesus foi crucificado) e espalhou no cemitério ao lado da igreja , o que levou muitos , nobres principalmente, a quererem ser enterrados ali. A coisa tornou-se tão popular que em 1318 mais de 30 mil pessoas foram enterradas no local (graças a um a peste ocorrida na região).

No local ocorrem algumas batalhas em 1421 que acabaram destruindo parte do cemitério e obrigando a retirada de alguns ossos que foram depositados na capela. O sucesso do cemitério era tão grande que a constante retirada dos restos mortais para que novas pessoas fossem enterradas, criou algumas imensas pilhas de ossos no interior da igreja, fazendo com que em 1784, por ordem do Imperador, o monastério (e o cemitério junto) fosse fechado.

Em 1870 um escultor local chamado Frantisek Rink começou a organizar os ossos compondo com eles as esculturas que passaram a decorar a igreja. estima-se que lá existam ossos de cerca de 40 ou 50 mil pessoas.

Kutna fica há 70 quilometros de Praga e pode-se chegar de carro, numa agradabilíssima viagem.

quinta-feira, julho 06, 2006

A viagem...

A viagem havia começado muito bem, sinal de que logo os problemas apareceriam, e apareceram. O ônibus quebrou a seis quilômetros da cidade e não passava um único carro pela estrada poeirenta; o sol, chegando ao zênite, parecia querer literalmente torrar nossas cabeças, o calor insuportável não nos deixava ficar dentro do veículo. Eu e Cy nos abrigamos sob uma jaqueira e esperamos, chegaríamos atrasados mas chegaríamos. Meia hora depois seguíamos para a cidade em cima de uma carroça: Eu, Cy, Marinha e Júlio.

Como esperávamos a nossa carona tinha ido embora, mas por sorte ou azar do destino encontramos uma velha rural que estava indo para o povoado. 'seu Zé' nos deixou na pracinha principal e fomos até a beira do cais procurar por Tonho, "óia ele lá descendo cá canoa", gritamos até quase estourar os pulmões, mas Tonho, que já ia longe, quase na dobra do rio, não conseguiu mais nos ouvir. E agora, que fazer?
Para chegar à fazenda por ali somente através de canoa e tinhámos perdido a carona do Tonho, pudera, estávamos quase cinco horas atrasados; um senhor se aproximou e se ofereceu para nos levar, "tô indo prus lado de lá não, mas tem acerto". Acertamos trinta reais.

Embarcamos na canoa, grande e escura, e seguimos descendo em direção à maré. O 'velho Tião' ia falando e falando sobre ele mesmo e os perigos do rio, sobre estar velho e cansado e outras coisas mais. Eu e Júlio íamos conduzindo a canoa e Tião contava histórias; nos aproximamos do manguezal e ele disse que havíamos chegado. Cy reclamou que ali não era o cais da fazenda e ele respondeu que o cais não podia ser alcançado aquela hora por causa da maré que estav baixando e teríamos que descer no meio do mangue mesmo, mas "é só travesá aqui, ó e océis já tão lá"
Afundei na lama até acima dos joelhos e, levando as mochilas, atravessei até chegar do outro lado, a distância não era grande mas as meninas ficaram reclamando e voltamos, eu e Júlio, para carregá-las, dessa vez acabei ferindo os pés nos galhos embaixo da lama, mas chegamos ao outro lado.
A fazenda porém, não ficava "logo ali", havia apenas o mangue e um morro. Procurando referências subi até o olho de uma árvore seca (confesso que nesse momento começei a me sentir num filme dos bons tempos da sessão da tarde) para ver ao nosso redor, pude ver o 'velho Tião" voltando em sua canoa, remando contra a corrente como se fosse um garoto - Ah! velho safado - falei baixinho e olhei para o outro lado onde pude divisar uma estradinha; era por ali que iríamos.
Já estávamos na estradinha há meia hora e nada de chegar a lugar algum, um rapaz vinha conduzindo dois cestos de bananas em um burro e nos disse que a fazenda era perto - ségui em frenti e dispôis vira à dereita, é logo ali - e apontou com o lábios o caminho. Duas horas depois ainda nem sinal da fazenda; Vó sempre falou que "logo ali apontado de beiço...hum! se prepare pra andar" e andamos.
Marinha ficou com vontade de mijar e correu pra uma moita baixa - olhem não seus tarados - logo depois de ouvirmos o barulhinho do xxxxxiiiiiiiiii, um berro nos fez voltar os olhos na direção de Marinha, que rolava no chão abanando a penugem rala e avermelhada da xoxota - Uai! Ai! Ai - Que foi? - perguntei - cobra? - Ali, Ali... - apontava Marinha, olhei e vi a folha com que ela havia se enxugado - Ô criatura! você não conhece urtiga não? - rimos a valer da coitada que ficou no chão nos pedindo para jogar água no púbis irritado.


Chegamos na fazenda no fim da tarde; cansados, sujos e sedentos, doidos por um copo de água gelada, mas lá não havia energia elétrica.
Cy lembrou que na venda de 'Noca' tinha uma geladeira que funcionava à gás e "era logo ali", andamos mais meia hora e chegamos à vendinha entranhada num morrinho, a visão da geladeira à nossa frente nos deu ânimo. Júlio pediu uma cerveja e Marinha, ainda dolorida e envergonhada disse que o acompanharia; eu queria uma Coca-cola. - É gente - disse 'Noca' - só não tão gelada que o gás cabô ônti e só amenhã é qui o caminhão vai trazê...
Como eu disse, a viagem começou muito bem.

quarta-feira, julho 05, 2006

Esculturas na areia



Areia geralmente é um problema. Na praia entra por dentro da sunga e vai a lugares bastante incômodos, quando saímos de lá levamos areia por todos os cantos e em todos os poros, nos cabelos, nas sandálias de tiras...E vamos espalhando areia pela área social do prédio, recebendo reclamação do porteiro e do sindíco, temos que subir pelo elevador de serviço; uma droga! Mas, Areia também é diversão e... Arte, como provam essas imagens de alguns festivais de escultores de areia mundo afora. Cara, esse pessoal deve ter uma paciência de Jó e muita ajuda dos deuses dos ventos. São feras ou não?!



Mais esculturas de areia: AQUI - AQUI - AQUI - AQUI

segunda-feira, julho 03, 2006

Teatro de sombras e vó

Quando eu era apenas um menino, e há quem até hoje duvide que eu tenha crescido, e morávamos todos numa pequena casa com paredes de madeira e adobe, não tínhamos luz elétrica e, à noite, as nossa diversão era ouvir as histórias que D. Rita, minha avó, nos contava; sentávamos, eu, meu irmão e, freqüentemente, primos e vizinhos que orbitavam nossa casa, apenas um par de candeeiros iluminava a casa.
Ficávamos ao redor de Vó e ela iniciava seus contos de forma direta, não havia "era uma vez...", as histórias que falavam de sacis e curupiras, de bois-tatás e cobras, de como ela e as irmãs haviam espantado ladrões de gado que tentaram surrupiar algumas cabeças da fazendinha que meu bisavô cuidava, de uma carreira de onça que haviam tomado certa vez, fluiam de modo simples e contagiante e nos empolgava.
Quando a história terminava e chegava a hora de dormir, reclamávamos mais tempo e mais diversão e ela nos dava mais tempo. Com as mãos, colocadas à frente do candeeiro, fazia surgir magníficas formas na parede de madeira da pequena sala, minha mãe, sentada a um canto sorria com a gente e entrava na brincadeira também; ao fundo, um rádio tocava músicas de Roberto Carlos, formando a trilha sonora de minha infância...
As sombras na parede se transformavam em novas histórias e éramos convidados a criar, também as nossas formas, indios, patos, aves, rostos; tudo podia surgir na parede lá de casa e ríamos das tentativas fracassadas, dos animais deformados bruxeleando com o bailar da chama do candeeiro. Pedíamos mais, mas chegava a hora de dormir e Vó franzindo o cenho dizia: "Chega mulecada, todo mundo pra casa que tá na hora", pedíamos a benção e íamos dormir, discutir com Vó era pedir pra 'cair na bainha de facão'. Ela faria 84 anos próximo dia 07, mas Deus pediu pra ela mostrar a Ele um teatrinho de sombras...

Para mais sombras...Clique aqui